sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Em Busca de Romance


A segunda opinião popular acerca do casamento cristão é que o casamento foi criado com o propósito principal de proporcionar “romance” para o casal. A teologia do romance vem logo atrás da teologia do companheirismo. Vejamos o que certo adepto dessa teologia tem a dizer:

Podemos justificar o casamento como eterno romance? O amor de Jacó por Raquel e o de Isaque por Rebeca incluem romance e um relacionamento íntimo. Mas o ponto de vista dos profetas é o mais decisivo. O fato de que eles escolheram o casamento como a melhor analogia do amor de Deus por Israel revela mais do que qualquer outra coisa o elevado conceito que os hebreus tinham acerca do casamento…

Revela também certo erro na teologia desse escritor, pois foi Deus, não os profetas, que escolheu usar o casamento como analogia. A riqueza do relacionamento conjugal alcança a sua expressão máxima no Novo Testamento. Paulo, seguindo o exemplo dos profetas hebreus, compara a união de Cristo e a Igreja com a união do marido e a esposa.

Isso soa bom, e é por isso que tantas pessoas são enganadas. Mas uma coisa é falar sobre romance, e outra provar que o romance é a base do casamento. No entanto, é exatamente isso que diz a teologia do romance, quando você a examina com cuidado. Vamos dar outra olhada no romance como “justificativa bíblica” para a existência do casamento. A vida conjugal de Isaque e a vida de Jacó com suas esposas não eram só romance. Aliás, Jacó viveu a vida inteira casado com Léia, uma mulher da qual ele não gostava. E quanto ao casamento de Deus com o povo israelita ou de Cristo com a sua igreja? Será que nossa união com Cristo consiste principalmente de encontros românticos? A verdade é que ganhamos experiências espirituais por causa de nossa frutífera obediência a Deus. Jesus não disse: “Se vocês me amarem, vocês terão mais e mais alegrias”. O que ele disse foi: “15. Se me amais, guardai os meus mandamentos. ” (João 14.15). Jesus também não disse: “Eu os escolhi para contemplar a beleza de vocês”. O que ele disse foi: “... eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...” (João 15.16). É claro que a nossa comunhão com Deus é importante e traz muitas alegrias. Mas nesta vida, assim como as emoções românticas não são a essência da vida cristã, também não são a essência do casamento.

O romance não é a raiz, mas o desabrochar da flor do casamento. É belo, é um presente de Deus, mas o casamento pode sobreviver sem ele. O que acontece quando os casais começam a andar cegamente à procura de métodos e formulas que prometem mais romance? Eis o aviso: “Não tenha dúvida de que quando a busca do romance se tornar o alvo mais importante do casamento, mais casamentos terminarão em divórcios”. (O destaque é meu.) E quem disse foi um líder evangélico que ensina a teologia do romance!

A teoria teológica de que Deus criou o casamento para o romance não tem base na Bíblia. A busca incessante de romance exige que os interesses pessoais sejam o centro do casamento, como se as excitações e as emoções fossem o motivo da existência do casamento. Essa busca coloca os casais no mesmo nível dos adolescentes que só vivem atrás de prazer, e destrói tudo o que não consegue se encaixar na visão de romance.


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